- Número de voluntários, entidades e ações ultrapassam os registados no ano
passado, o que comprova o envolvimento crescente da sociedade civil. - Entre 16 e 24 de setembro, cerca de 450 entidades, entre ONG, escolas de surf,
movimentos de cidadãos, participaram em ações de limpezas.
Pelo quinto ano consecutivo, para assinalar o Dia Internacional de Limpeza Costeira,
milhares de voluntários e centenas de entidades mobilizaram-se, em Portugal, em
defesa do oceano e no combate ao lixo marinho, participando numa semana de ações
de limpeza terrestre e subaquática de Norte a Sul do país e nas ilhas dos Açores e da
Madeira.
Entre 16 e 24 de setembro, foram contabilizadas mais de 250 ações de limpeza, com
mais de 10 mil participações registadas. Estas iniciativas resultaram na recolha de mais
de 37 toneladas de lixo marinho, envolvendo cerca de 450 entidades de todo o país,
entre ONG, escolas de surf e movimentos de cidadãos, que operacionalizam e
materializam todas estas ações.
Esta mobilização ultrapassou os números registados em 2022, reflexo de um maior
envolvimento e consciência da comunidade para o tema da crise climática e proteção
do oceano.
Destaque também para a participação, novamente este ano e até ao dia 29 de
setembro, de alunos e professores, envolvendo um total de cerca de 200 turmas do
programa Educação para uma Geração Azul (EGA), num total de cerca de quatro mil
alunos.
A Fundação Oceano Azul congratula todos os envolvidos pela pronta resposta ao
desafio lançado nesta celebração conjunta pelo oceano e realça “O facto de termos
ultrapassado os números registados no ano passado mostra que o envolvimento da
sociedade em torno da problemática do lixo marinho e da proteção do oceano é cada
vez maior. O que se verifica é que todos os anos temos mais voluntários e organizações
a participar, o que é fundamental para concretizar estas ações. Por outro lado, a
quantidade de lixo recolhido mostra a importância de continuar o trabalho de
sensibilização sobre estes temas para se conseguir mudar comportamentos”, afirma
Diana Vieira, Gestora de Projetos da Fundação Oceano Azul.
Desde 2019 até 2022, o contador de lixo disponibilizado no site da Fundação Oceano
Azul, indica que tenham sido recolhidas em Portugal mais de 250 toneladas de lixo
marinho, com o envolvimento de mais de 34 000 voluntários em cerca de 1 600 ações.
Em média, 14 milhões de toneladas de plástico invadem o oceano todos os anos, sendo
que 80% do lixo encontrado nos ecossistemas marinhos tem origem em atividades
humanas em terra e apenas cerca de 20% provem de atividades diretamente ligadas
ao mar. Esta situação provoca efeitos devastadores na vida marinha e na humanidade,
tornando-se fundamental sensibilizar a sociedade para a dimensão desta questão. As
ações de limpeza terrestres e subaquáticas, que não se limitam ao âmbito do Dia
Internacional de Limpeza Costeira, são um veículo crucial para divulgar esta
mensagem.
O oceano é global, a ação é local.
Sobre a Fundação Oceano Azul
A Fundação Oceano Azul foi criada em 2017, com a motivação de contribuir para um oceano mais saudável e
produtivo. Sob o mote “From the ocean’s point of view”, a Fundação trabalha três conceitos: blue generation, blue
natural capital e blue network. Com uma abordagem assente na ciência, o modelo de mudança da Fundação
Oceano Azul integra estes conceitos nos projetos que desenvolve em diferentes áreas como literacia, conservação,
pesca sustentável, campanhas de sensibilização, economia azul e capacitação, nomeadamente trabalhando com
governos, fundações e organizações da sociedade civil, ONU e UE, para fazer avançar a agenda internacional
dedicada ao oceano. Mais informação em oceanoazulfoundation.org
Sobre o Programa Educar para uma Geração Azul
Educar para uma Geração Azul é um programa educativo desenvolvido pela Fundação Oceano Azul e pelo
Oceanário de Lisboa, com o apoio da Direção-Geral da Educação, que ambiciona transformar as próximas gerações
de portugueses nos cidadãos europeus mais comprometidos com a sustentabilidade e com a conservação do
oceano. Este programa, sem precedentes, assenta na formação de professores do 1.o ciclo do ensino básico, que
recebem um manual e outros recursos educativos que permitem a integração dos temas do oceano no currículo do 1o
ciclo do ensino básico, de forma muito prática, lúdica e divertida.