Um estudo recente liderado pelo neurocientista pós-PhD Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, da Califórnia University FCE, em Portugal, investigou a predisposição a transtornos mentais em indivíduos, através da análise de traços comportamentais e predisposição genética. A pesquisa, realizada em colaboração com Elodia Avila (médica especialista em cirurgia plástica), Vanessa Schmitz Bulcão (mestre em Psicologia Clínica e da Saúde), Gizela Silva (Universidade do Minho), Velibor Kostić (Universidade Federal de Belgrado) e Simone Costa Resende da Silva (estudante de Ciências Econômicas e Direito), foi publicada na revista científica “CLINICALREV – REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINARIA”.
O estudo se baseia em uma extensa revisão bibliográfica de estudos contemporâneos e argumenta que todos os indivíduos possuem predisposições para um ou mais transtornos mentais, mas a manifestação efetiva depende da interação entre fatores genéticos e eventos ambientais específicos. A pesquisa destaca que tanto a análise genética quanto a avaliação de traços comportamentais podem servir como indicadores preventivos para transtornos mentais, permitindo a detecção precoce de fatores de risco e facilitando a intervenção precoce.
A análise genética pode revelar a susceptibilidade de um indivíduo a um ou mais transtornos, enquanto a avaliação de traços comportamentais pode identificar padrões que se assemelham aos de determinados transtornos. A combinação dessas duas abordagens pode fornecer um quadro mais completo da predisposição de um indivíduo a transtornos mentais e auxiliar no desenvolvimento de estratégias de prevenção personalizadas.
Os autores enfatizam a importância da identificação precoce de indicadores genéticos e comportamentais para a prevenção de transtornos mentais. Ao identificar indivíduos em risco, é possível implementar intervenções precoces e medidas de apoio, reduzindo a probabilidade de desenvolvimento de transtornos e seus impactos negativos na vida das pessoas.
O estudo conclui que a integração de avaliações genéticas e comportamentais em estratégias de saúde preventiva pode ser uma ferramenta valiosa para a prevenção de transtornos mentais, abrindo caminho para um futuro com menos casos e maior bem-estar psicológico para a população.