Um inquérito levado a cabo pela consultora Ernst & Young na Europa, Índia, Médio Oriente e África sobre corrupção revelou um facto alarmante, mas talvez nada surpreendente sobre Portugal: o país está entre os mais corruptos do mundo, pelo menos na óptica dos trabalhadores portugueses.
O estudo abrangeu um total de 38 países onde foram feitas entrevistas a 3.800 trabalhadores das mais diversas áreas, sobre a percepção que tinham da corrupção na sua empresa e no país.
Em Portugal 83% dos inquiridos considera que as práticas de corrupção no país acontecem de forma sistemática, apenas a Croácia, o Quénia, a Eslovénia e a Sérvia tiveram piores resultados. Do lado oposto encontram-se a Bélgica, a Alemanha, a Finlândia e a Dinamarca, como os países que os trabalhadores crêem ser mais éticos.
Escândalos como o que levou à prisão de José Sócrates, o antigo Primeiro-Ministro português, contribuem em muito para a imagem negativa que os portugueses têm do seu próprio país, no que a corrupção diz respeito.
Os inquéritos portugueses mostram ainda quem 61% dos entrevistados acredita que os resultados financeiros apresentados pela sua empresa não correspondem à verdade e apenas 28% dão nota positiva à ética empresarial da instituição onde trabalham.
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