A vaga de incêndios em Portugal causou a morte de sete pessoas, incluindo quatro bombeiros, enquanto o Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados. A tragédia desta terça-feira (17/9) foi marcada pela morte de três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, no distrito de Coimbra, cujo veículo foi engolido pelas chamas enquanto combatiam um incêndio. O concelho decretou três dias de luto.
No final de um Conselho de Ministros extraordinário, o primeiro-ministro Luís Montenegro, juntamente com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a medida de calamidade, enquanto as autoridades enfrentam uma das maiores crises de incêndios dos últimos tempos. Às 20h de terça, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizava 177 ocorrências ativas, mobilizando mais de 6 mil operacionais e quase 2 mil veículos.
O distrito de Aveiro continua a ser o mais atingido, com incêndios de grande intensidade nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e Águeda, onde a situação é mais grave. Lares de idosos e hotéis em Águeda e Oliveira de Azeméis foram evacuados, e a GNR deteve sete suspeitos de fogo posto em várias regiões.
A área total devastada pelos incêndios desde domingo já ultrapassa os 62 mil hectares, sendo mais de 47 mil hectares nas regiões Norte e Centro, de acordo com o sistema europeu Copernicus.