O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito para investigar a queda do helicóptero no rio Douro, em Lamego, distrito de Viseu, que resultou na morte de cinco militares da GNR. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que o processo está a ser conduzido pela 1.ª Secção de Lamego do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Viseu.
O acidente ocorreu na sexta-feira, 30 de agosto, envolvendo seis ocupantes: o piloto, único sobrevivente, e cinco militares da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, que retornavam de um combate a incêndio no concelho de Baião, Porto.
O helicóptero, um modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros e regressava ao Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar, Viseu, quando ocorreu o acidente. De acordo com o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), o piloto relatou ter avistado uma ave de médio porte na linha de voo, o que o obrigou a fazer um desvio antes da colisão, mas a investigação ainda não determinou o ponto exato dessa manobra.
O GPIAAF informou que a aeronave colidiu com a superfície do rio Douro a uma velocidade de aproximadamente 185 km/h, mas as causas do acidente ainda estão sob investigação. Até o momento, foi constatado que o motor estava em funcionamento no momento da colisão.
O advogado do piloto, na quarta-feira, solicitou uma investigação “isenta e imparcial”, alegando que o acidente foi causado por uma falha mecânica e não pelo desvio para evitar a ave. Ele destacou que o bloqueio dos comandos do helicóptero teria sido a causa principal da queda.