Portugal acelerou a vacinação para tentar conter a quarta onda de Covid-19, impulsionada pela variante Delta. Tanto é que entre os dias 5 e 11 de junho, foram administradas um milhão de vacinas em todo país, resultado que superou o objetivo estabelecido de 850 mil imunizantes. Além disso, os números mostram que quase 40% da população já está totalmente vacinada.
A força tarefa criada para organizar a campanha de vacinação relatou que bater a meta só foi possível graças à grande disponibilidade de vacinas. Outra razão é que as autoridades de saúde decidiram antecipar a segunda dose da AstraZeneca de 12 para oito semanas.
No entanto, para manter esse ritmo e o estoque, o país depende do envio das doses acertadas com os fabricantes. Nesse sentido, um plano B seria um empréstimo de vacinas com outros países. Essas doses seriam repostas futuramente.
Nos últimos dias, os centros de saúde do país estiveram cheios e longas filas se formaram. Diante deste cenário, o governo criou um sistema de semáforos virtuais para informar o tempo de espera à população. Quando a luz está vermelha, a demora ultrapassa os 60 minutos.
Vale lembrar que, com a chega do verão, novos casos surgiram no país. Os números têm sido preocupantes, pois registram mais de três mil por dia. Isso não acontecia desde fevereiro, quando o país enfrentou uma dura segunda quarentena. Além disso, a média diária casos subiu 54% na última semana.
Assim, o governo recuou na abertura e instituiu novas medidas. A última delas passou a vigorar no último fim de semana: Para entrar em restaurantes e hotéis das cidades com risco elevado e muito elevado de transmissão, passou a ser obrigatório apresentar o passaporte da imunidade (Certificado Digital Covid-19) ou um teste negativo.