Mais de metade dos portugueses admitiu ter praticado exercício físico durante o primeiro confinamento como forma de “aliviar o stress” e manter-se saudável.
Entre as razões apontadas para a prática de atividade física estão ainda “evitar ganhar peso”, ter “mais tempo disponível” e “dormir melhor”. Os dados constam no Relatório Anual da Direção-Geral de Saúde (DGS), onde é feito um balanço da promoção da atividade física a nível nacional.
“A prática de atividade física ganhou particular relevo, não só pelo seu papel preventivo na infeção por covid-19, mas também pelo seu fundamental papel na promoção da saúde mental, representando uma atividade essencial ao equilíbrio físico e psicológico, particularmente fragilizados face a todo o contexto pandémico, principalmente nos períodos mais agudos de confinamento social”, referiu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
O estudo, coordenado pela DGS, foi conduzido pelo Instituto de Saúde Ambiental e pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, através de questionários online e inquéritos telefónicos. Debruçou-se sobre comportamentos alimentares e de atividade física de 5874 pessoas, com idade igual ou superior a 16 anos, tendo os dados sido recolhidos entre os dias 9 de abril e 4 de maio de 2020.
“Durante o confinamento, a proporção da população que reporta os motivos ‘Para se manter saudável’ e ‘Forma de aliviar stress’ é consideravelmente superior à de 2017, denotando maior preocupação ao nível da manutenção da saúde física e mental durante o período de confinamento”, lê-se no relatório.