Quase dois terços dos portugueses estão preocupados com a possibilidade do resultado final de umas eleições vir a ser manipulado.
A sondagem feita pela Comissão Europeia realizou-se em todos os 27 países da União. Mas são visíveis algumas disparidades nas respostas dos cidadãos de diferentes nacionalidade.
Questionados sobre vários tipos de interferência nos processos eleitorais, os portugueses estão sobretudo preocupados com a manipulação do resultado final (61%) – uma subida de 18 pontos percentuais face ao inquérito realizado dois anos antes (2018).
Por ordem decrescente de preocupação, surge depois o receio de manipulação eleitoral através de ciberataques (58%); com as pressões sobre os cidadãos para votarem de uma determinada forma (56%); com a possibilidade de atores externos ou grupos criminosos influenciarem as eleições (55%); e, finalmente, com o voto de pessoas que não têm esse direito (54%).
Quando confrontados sobre o voto remoto, uma maioria de portugueses (54%) até acreditam que isso pode conduzir a uma redução da abstenção. Mas nem por isso diminuem a sua desconfiança. No que diz respeito a modelos de voto eletrónico, online, ou por correio, estão mesmo entre os mais desconfiados da União Europeia.