Confronto entre Israel e Palestina conta com “guerra” de narrativas

Na última terça-feira, o grupo parlamentar de amizade Brasil-Israel da Câmara dos Deputados
do Brasil, liderado pelo deputado Gilberto Abramo, recebeu o Embaixador de Israel no país,
Daniel Zonshine, no Congresso Nacional.
Foram discutidos temas que importam neste cenário de confrontos em Gaza. Como resumo
das conversações, centenas de deputados brasileiros disseram apoiar Israel e condenaram o
“terrorismo do Hamas”. Foram aprovadas, no Plenário, diversas moções de repúdio aos
“ataques terroristas” do Hamas contra Israel.
O governo brasileiro já iniciou uma operação de retirada de cidadãos brasileiros do território
israelense.
A embaixada de Israel no Brasil comentou que “os terroristas sedentos de sangue continuam a
atacar civis inocentes onde quer que estejam”.
Por sua vez, a Embaixada do Estado da Palestina em Brasília, no Brasil, considerou que “a
comunidade internacional deve agir rapidamente para interromper imediatamente esta
agressão contra o povo palestino”.
No Brasil, a diplomacia palestina denunciou que “as Forças Armadas de Israel continuam a
bombardear de forma indiscriminada a população de Gaza. Contrariamente ao direito
internacional, Israel é responsável por crimes de guerra. Desde sábado, os bombardeios
indiscriminados em casas, hospitais, escolas, abrigos e pessoal médico já causaram a morte de
1.078 pessoas, das quais pelo menos 633 são crianças e mulheres. O cerco total à população
civil de Gaza, negando-lhes acesso a água, comida, suprimentos médicos, é um ato criminoso”.
De acordo com o representante palestino na ONU, Riyad Mansour, “tal desumanização
flagrante e tentativas de bombardear um povo até a submissão, de usar a fome como método
de guerra e de erradicar a sua existência nacional não são nada menos que genocídio”.
Dados recentes do exército israelita mostram que o número de mortos em ataques em Israel
subiu para “mais de 1.000”. Mais de 2.800 pessoas ficaram feridas e 50 pessoas estão
oficialmente registadas como “reféns ou desaparecidas”, disseram as autoridades israelitas.
Ígor Lopes