Há exatamente 60 anos, no dia 13 de agosto de 1961, o mundo se surpreendeu com uma divisão que até hoje é lembrada pelos seus efeitos. Naquele dia, ruas, praças e bairros divididos com a construção do Muro de Berlim, na Alemanha. O gesto de separar a Alemanha ficou em pé por 28 anos anos e se tornou o símbolo da Guerra Fria.
De um lado do muro, a República Federal da Alemanha, conhecida em português pela sigla RFA, seguiu o plano de reconstrução do capitalismo norte-americano na Europa Ocidental. Do outro lado, a República Democrática Alemã, com a sigla RDA, que passou os anos seguintes sob forte influência da então União Soviética.
Vale lembrar que no período pós-Segunda Guerra Mundial, dois milhões e setecentos mil alemães deixaram o Leste da Alemanha por motivos políticos, econômicos e pessoais. Com o intuito de evitar esse êxodo e reafirmar a soberania do governo do lado oriental, a RDA colocou em prática a Operação Rosa.
Na madrugada de um domingo, as tropas da RDA fecharam a fronteira e deram início a construção de um muro. Quando amanheceu, os moradores encontraram barreiras de arames farpados onde ainda não havia a estrutura de concreto. Para piorar, os pedestres não puderam mais transitar entre os dois lados. Nem os meios de transporte poderiam transitar entre esses lados.
Quando ficou pronto, o Muro de Berlim tinha mais de três metros e meio de altura e mais de cento e dez quilômetros de extensão. Toda a área onde ele foi instalado era permanentemente monitorada por guardas. Para quem tentasse furar o bloqueio, os guardas tinham ordem de atirar naquela pessoa.
Segundo o Memorial do Muro de Berlim, pelo menos 140 pessoas foram mortas ali. Outras 251 faleceram durante ou após o controle da travessia.
Derrubado em 1989, hoje o museu é um céu aberto. Lá os turistas aprendem mais sobre os conflitos que levaram a divisão do país e podem conhecer histórias de vítimas e de testemunhas de tudo que aconteceu nesses anos.