Existem diversos fatores que podem colaborar para o encurtamento dos telômeros, dentre eles, o sono
O nome telômero vem do grego e significa “parte final”, um nome bastante apropriado para defini-los, partes de DNA localizadas nas extremidades dos cromossomos e têm como principal objetivo proteger o material genético presente no cromossomo, no entanto, eles não são estruturas estáticas.
Os telômeros se tornam mais curtos ao longo da vida, processo que tem sido amplamente relacionado ao envelhecimento e consequente surgimento das mazelas da velhice, processo que ainda não foi totalmente esclarecido pela ciência.
Os telômeros podem ser encurtados sob influência de diversos fatores, como a multiplicação das células para regeneração de tecidos, maternidade, obesidade, uso de tabaco, estresse e sedentarismo, mas existe um fator importante que é muitas vezes ignorado: O sono.
De acordo com o artigo “A relação entre qualidade do sono e comprimento dos telômeros: Uma revisão sistemática da literatura” , publicado pela revista científica “Brain, Behavior and Immunity – Health, dormir pouco ou sofrer de condições como insônia e apneia do sono podem colaborar para a redução do comprimento dos telômeros.
Há muito tempo já era apontada uma estreita relação entre a falta de sono adequado e o envelhecimento celular, mas apenas recentemente essa relação foi esmiuçada e o processo de encurtamento de telômeros foi incluído nessa equação.
O sono sofre deterioração natural ao longo da vida, processo que ocorre paralelamente ao encurtamento gradual dos telômeros, de forma que determinar causa e consequência de cada processo é bastante complicado, o que se pode afirmar com base em diversos estudos e pesquisas é que a má qualidade crônica de sono potencializa a redução dos telômeros.
Por isso, é fundamental cuidar do seu sono e tratar condições que possam vir a prejudicá-lo, para exercer algum poder preventivo no processo de encurtamento dos telômeros e atrasar os sinais de envelhecimento.
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Dr. Vital Fernandes Araújo é Médico e se formou pela Universidade Federal da Bahia. Ele é pós-graduado em Medicina Ortomolecular e pós-Graduado em Psiquiatria.
O médico hoje atua como mentor de médicos e grandes empresários através da sua metodologia que denominou de Integração Neuro Emocional.