O ministro da Administração Interna considerou que a morte de Ihor Homenyuk nas instalações do SEF do aeroporto de Lisboa “é absolutamente inaceitável” e está em “total contradição com aquilo que são os padrões de respeito pelos direitos humanos que Portugal adota”.
“O que fizermos hoje, em Conselho de Ministros, foi a atribuição de poderes à Provedora de Justiça em estabelecer os contactos necessários para a fixação de uma indemnização à família da vítima antes de ser iniciado o julgamento para apurar a responsabilidade penal dos intervenientes”, afirmou o ministro.
Eduardo Cabrita frisou que foi “o primeiro a lamentar e agir quando muitos estavam distraídos, confinados e desatentos” e considerou que “tudo aquilo que tem sido apurado e tem sido determinado” se deveu à ação dos poderes públicos e designadamente a atuação sobre determinação do ministro da Administração Interna.
O ministro afirmou mesmo que “tendo estado quase sozinho perante o desinteresse de todos os comentadores e a generalidade da comunicação social, que não perceberam e não ligaram àquilo que eu disse em março e abril”, agora se congratulava tantos estarem “preocupados com esta situação e com a defesa dos direitos humanos”. “Sejam bem-vindos”, felicitou de modo irónico Eduardo Cabrita.
Sobre a demissão da diretora do SEF, o ministro considera que esta “fez bem” em ter aquela atitude e aproveitou para negar que Cristina Gatões, por estar em exercício de funções, alguma vez tenha sido considerada para desempenhar o cargo de oficial de ligação em Londres.