A Controlinveste, do empresário Joaquim Oliveira, está falida, somando dívidas de 750 milhões de euros para 153 mil euros em ativos.
O caminho para a liquidação é “irreversível”. BCP e Novo Banco são credores comuns reconhecidos e os dois maiores, com prioridade face à Olivedesportos, de Joaquim Oliveira, que é um credor subordinado.
Nem os credores nem a própria Controlinveste propuseram um plano de recuperação para a empresa e, por isso, o administrador da insolvência, Jorge Calvete, propôs “o encerramento imediato”, a “liquidação do ativo (recuperação de impostos)” e “cessação de atividade em sede de IRC e IVA”.
Para BCP e para o Novo Banco a proposta de “pura liquidação do património da empresa em benefício dos seus credores” é, em teoria, um alívio, uma vez que a liquidação permite limpar aquela dívida do balanço. Na prática, continuam com garantias sobre ativos do grupo.
O BCP, recorde-se, tem créditos reconhecidos no valor de 405,9 milhões de euros. Já o Novo Banco, viu reconhecido direitos de 151,95 milhões de euros.
A elevada dívida da Controlinveste é justificada com o registo de passivos de empresas participadas (Controlinvest Media, Olivedesportos e Gripcom). Por outro lado, diz-se que o “endividamento engordou por via da participação no grupo PT, no qual chegou a ter 2,2%”.