Este é um caso inusitado. No verão do ano passado, uma mulher de 43 anos foi esfaqueada pelo companheiro e prestou denúncia contra ele, mas quando o caso chegou ao Tribunal de Penafiel, ela decidiu perdoá-lo. Ele estava preso preventivamente, acusado de tentativa de homicídio.
A vítima também acolheu o calceteiro de 45 anos na sua casa, aceitando reatar uma relação que tinha sido sempre marcada por episódios de violência. No entanto, sete meses depois ela voltou a ser atacada com extrema gravidade pelo mesmo agressor. A arma agora usada foi um martelo. Por esta nova agressão, o homem foi novamente detido, e agora está com pulseira electrónica, impedido de se aproximar da companheira.
O casal viveu junto largos anos, num contexto em que a violência doméstica era parte de um dia a dia conturbado. Quase sempre alcoolizado, o calceteiro agredia e insultava a companheira com frequência, e com níveis de violência crescentes. Até que, no verão do ano passado, na sequência de mais uma discussão ocorrida em casa, situada em Penafiel, a mulher foi esfaqueada nas costas.
Nos primeiros 6 meses de 2019 já morreram 17 mulheres vítimas de agressão doméstica.