Uma passageira alega que foi vítima de assédio por parte de um revisor da CP por causa do decote. A empresa instaurou um processo disciplinar.
Sara Sequeira faz constantes viagens entre o apeadeiro de Carrascal-Delongo e Tomar, no distrito de Santarém, e nunca lhe tinha acontecido tal situação. Ela foi abordada por um revisor da CP – Comboios de Portugal que teceu um comentário sobre a roupa e os seios.
“Além de demorar imenso tempo a cobrar-me, porque esteve sempre a olhar para o meu peito, depois de me dar o troco ainda disse: ‘Ainda bem que não está frio porque senão as suas mamocas ainda se constipavam'”, começa por explicar a jovem.
Perante a observação ao vestido verde, a modelo ficou sem reação. Decidida a não guardar para si o que lhe aconteceu, Sara ligou à mãe e depois dirigiu-se à Estação Ferroviária de Tomar para escrever no livro de reclamações. Mais tarde, tentou também apresentar queixa na GNR local.
O caso ganhou destaque após Sara Sequeira expor a situação nas redes sociais através de um vídeo, que já conta com mais de 190 mil visualizações, só no Instagram.
As imagens mostram o momento em que Sara se cruza com o alegado assediador na rua e o confronta com o comentário “preconceituoso” e “machista” proferido aquando da cobrança de bilhete. No áudio com pouco mais de um minuto, o funcionário da CP não nega a polémica afirmação e rejeita que tenha magoado a jovem:
“Não ofendi ninguém. O que é que eu disse de mal, diga lá? Tratei mal alguém?”, é possível ouvir.