Um homem morreu afogado no rio Cávado, em Esposende.
“O meu sobrinho ainda o tentou salvar, mas já não conseguiu”, contou Guilherme Ximenes, ainda em choque.
O dia em família acabou, esta quinta-feira, em tragédia na praia fluvial do Marachão, em Esposende: um morto, três feridos, um dos quais a inspirar cuidados. Augusto Monteiro morreu afogado. O corpo só foi encontrado quase duas horas depois, perante o desespero das largas dezenas de familiares que ali se juntaram. O jovem, residente na Póvoa de Varzim, deixa três filhos pequenos.
Estava com dois primos na água. Todos os julgavam a brincar, até que o sobrinho de Guilherme Ximenes percebeu que a aflição era real. Atirou-se à água. Ainda tirou de lá um. Voltou, mas já não conseguiu encontrar Augusto Monteiro. O outro primo haveria de conseguir sair, a custo, mas pelo próprio pé.
No quartel dos Bombeiros de Fão o alerta caiu às 17.40 horas. À chegada ao local, explicou o comandante João Morais, um dos feridos, de 25 anos, “estava em estado de pré-afogamento”, os outros dois sofreram apenas ferimentos ligeiros.
Para o local foi mobilizada uma equipa de mergulhadores, que só quase duas horas depois haveria de conseguir localizar o jovem. Foi transportado em manobras de reanimação para o Hospital de Barcelos, onde haveria de ser declarado o óbito.
“Estavam num acampamento de família”, contou ainda João Morais, explicando que naquela zona do rio Cávado, apesar de muito frequentada, “os banhos são desaconselhados” e “não há qualquer vigilância”.
No local estiveram 48 homens e 23 viaturas dos bombeiros de Fão, Esposende, Barcelinhos e Barcelos, do ISN e do INEM, bem como a GNR que, por força do enorme aglomerado de pessoas, foi obrigada a reforçar o dispositivo com elementos de Barcelos e Braga.