Exposição junta artistas de continentes distantes
No dia que marca o início do verão, 21 de junho, a Galeria Castra Leuca Arte Contemporânea, em Castelo Branco, inaugura a exposição «Serendipity». O espaço abre portas pelas 16h00, e convida albicastrenses e visitantes a conhecerem obras de duas artistas de continentes distantes: Patrícia Borges (Brasil) e Shih Yun Yeo (Singapura).
Enquanto curadora da exposição, a artista Sandra Birman destaca que o conceito de serendipity «está na base das práticas de ambas as artistas e serve como ponto de convergência para esta exposição.» Afinal, como descreve o galerista César Correia, esta é «uma celebração do inesperado — uma exposição que faz todo o sentido acontecer aqui, em Castelo Branco, longe dos grandes centros urbanos, mas profundamente enraizada nas forças que movem a arte contemporânea.».
Com cerca de ano e meio de existência, a galeria Castra Leuca assume-se já como um dos espaços culturais de Castelo Branco, situando-se em pleno centro histórico, num edifício remodelado. A par da possibilidade de adquirir peças artísticas, a galeria oferece ao público a possibilidade de tomar contacto com artistas nacionais e estrangeiros, enriquecendo assim a vida cultural da cidade.
Conforme destaca o anfitrião desta mostra, «há uma força particular em acolher este tipo de proposta aqui. Castelo Branco, com as suas paisagens, o seu ritmo próprio e a sua profundidade histórica, torna-se o solo fértil onde esta exposição ganha sentido. Serendipity não é um espectáculo de tecnologia, é um espaço de contemplação onde o orgânico e o artificial não se opõem, mas colaboram. »
Justamente, os trabalhos de Patrícia Borges e Shih Yun Yeo «convergem numa poética comum: a tensão entre controlo e acaso, entre tecnologia e natureza.»
A exposição «Serendipity» está patente na galeria Castra Leuca até 26 de julho, com entrada livre.
De Singapura e Brasil para Castelo Branco

Yeo Shih Yun destaca-se pela abordagem inovadora e profundamente experimental à pintura a tinta, criando dinâmicas entre técnicas antigas e sensibilidades contemporâneas.
Inspirada pela vida, pela natureza, pela tecnologia e pelo diálogo que emerge da colaboração, e uma artista premiada, que já expôs o seu trabalho em alguns dos mais importantes centros de arte em Singapura, Hong Kong, Taipé, Xangai, Tóquio e Nova Iorque.

Patrícia Borges vive e trabalha no Rio de Janeiro, sendo formada em Arquitetura e Urbanismo. A par disso, estudou Fotografia, Design de Joias e Cinema, e é investigadora no departamento de Artes e Design da PUC-RJ. Premiada nas bienais de Florença e Roma, tem obras em museus e coleções particulares. Desde 2018, utiliza imagens fotográficas para compor instalações e objetos de arte tridimensionais.