Portugal vai começar a exportar ventiladores pulmonares para o Brasil. Angola e Moçambique também já manifestaram interesse no equipamento que foi desenvolvido em cerca de 40 dias no CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, em Matosinhos.
António Costa tinha manifestado o desejo de que os ventiladores criados pelo CEiiA fossem exportados, além de suprirem as necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
E, de acordo com o Jornal de Negócios, já chegaram 700 encomendas para o ventilador Atena, como é designado, das regiões brasileiras do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
O diário avança que cada ventilador vai ser vendido por 15 mil euros. Numa altura em que há uma guerra de preços por este tipo de equipamentos, na ânsia de combater a covid-19, o director do CEiiA, Miguel Braga, demarca o centro de engenharia dessa realidade.
“Não vamos desviar uma encomenda para quem dá mais nem pedir um aumento do valor porque entretanto alguém ofereceu mais”, assegura Miguel Braga citado pelo Negócios.
Dos 700 ventiladores encomendados, 200 vão para uma Fundação no Rio de Janeiro, enquanto os restantes 500 se destinam a Minas Gerais, como refere o director do CEiiA ao jornal.
Moçambique e Angola também já terão manifestado a intenção de encomendar os ventiladores made in Portugal.
O equipamento foi desenvolvido em pouco mais de um mês, como contou o administrador do CEiiA, António Cunha, em declarações ao Público.
“Em 40 dias, desde 8 de Março, conseguiu-se desenhar, desenvolver e montar 100 ventiladores. Termos alcançado esta meta neste tempo é um feito do ponto de vista de engenharia a nível nacional e sobretudo europeu”, destacou o também professor da Universidade do Minho.
Os ventiladores estiveram a ser experimentados em porcos e vão começar a ser testados em pessoas nos hospitais de Braga e de Santo António, no Porto.
Os 100 ventiladores já produzidos aguardam a autorização do Infarmed, em função dos resultados nos testes, para serem entregues ao SNS.