País registra cerca de seis mil casos diários, muito acima do registrado na primeira onda da doença; Primeiro-ministro fala em esforço de todos para que tenham ‘um Natal o mais normal possível’
O governo de Portugal anunciou no último sábado uma série de duras medidas para tentar conter o avanço da segunda onda de Covid-19 no país. A principal delas é um toque de recolher obrigatório em 121 dos 308 municípios do país, incluindo o Porto e Lisboa, válido entre 23h e 6 da manhã.
Além disso, um toque de recolher ainda mais estrito será adotado nos dois próximos finais de semana, limitando a circulação entre 13h e cinco da manhã, afetando também o funcionamento do comércio. Quem violar a medida não será preso, mas reconduzido para casa pelas autoridades.
As ações, válidas a partir de segunda-feira, estão dentro do decreto de emergência, anunciado pelo premier António Costa na quinta-feira. Segundo ele, há 2.420 pessoas internadas neste momento com o novo coronavírus, sendo que 366 em unidades de terapia intensiva. — A situação é agora muito mais grave — disse António Costa, durante entrevista coletiva. — Este momento é mesmo um momento de fazer um esforço suplementar.
Nesta segunda onda da doença, são registrados cerca de 6 mil casos diários, bem acima dos números da primeira onda, quando eram menos de mil infecções a cada 24h. O país acumula 173 mil casos e 2.848 mortes, sendo 84 delas nas últimas 24 horas.
Ao contrário das ações adotadas no começo do ano, o premier disse que as escolas ficarão abertas, e que será feito um esforço para manter as pessoas trabalhando. – É agora, neste esforço de novembro, que vamos ganhar dezembro para termos um Natal o mais normal possível — declarou Costa. — É para podermos controlar a pandemia.