Apesar da TAP ter a intenção repor voos em outubro e de criar seis novas rotas já no verão de 2021, estas não deverão passar pelo aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, que só terá uma rota. O novo arranque da companhia aérea vai ser centralizado em Lisboa no aeroporto Humberto Delgado. O Governo já tinha criticado esta estratégia antes.
Segundo o Jornal de Notícias, a TAP vai mesmo assentar o seu plano de retoma de atividade no aeroporto de Lisboa. Assim a companhia aérea deixa de fora o aeroporto do Porto, que apenas poderá contar com uma nova rota, com início em dezembro, para a ilha do Sal, em Cabo Verde, o que faz com que o porto fique de fora do plano de recuperação da companhia aérea.
A TAP deverá retomar um conjunto de ligações já em outubro, tanto para a Europa como África, Brasil e EUA, e o deverá criar seis novas rotas para destinos turísticos no próximo ano – mas tudo isto a partir do aeroporto Humberto Delgado. Contudo, a companhia afirma que as novas rotas previstas até ao primeiro trimestre do ano de 2021, irão ligar apenas Lisboa/Maceió e Porto/Sal – revela o JN.
Em entrevista ao JN, Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto explica que “o Governo, aparentemente, demitiu-se de ter qualquer opinião nas decisões estratégicas de retoma de voos da TAP”, criticando duramente a atuação do Governo nesta matéria.
Nuno Botelho lembra que o ministério de Pedro Nuno Santos tinha prometido reverter a política centralizadora da TAP, para evitar que, no Norte, a companhia aérea seja substituída por companhias privadas low-cost.
No site da empresa pode-se verificar que em outubro vão ser retomadas diversas ligações para Bilbau, Oslo, Chicago, Porto Alegre, Natal e Maputo, mas tudo a partir de Lisboa. Também deverão ser aumentados, o número de voos de Lisboa para grandes centros urbanos como Paris, Londres, Rio de Janeiro ou São Paulo.
Ao Jornal de Notícias, fonte da companhia aérea esclarece que “as únicas rotas que a TAP anunciou, com início entre outubro e março, são Lisboa/Maceió e Porto/Sal”. De acordo com a mesma fonte, “a TAP acompanha a evolução dinâmica da pandemia e os seus impactos operacionais”.