O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou em 19 de agosto de 2024 que poderia oferecer um cargo de destaque ao bilionário Elon Musk em sua administração, caso seja eleito nas eleições presidenciais de novembro. Em uma entrevista à agência Reuters, Trump elogiou Musk, chamando-o de “um tipo muito inteligente” e sugeriu que estaria disposto a integrá-lo em seu governo, possivelmente como conselheiro ou membro do Gabinete. Segundo Trump, Musk seria um “gênio” que poderia contribuir significativamente para o país.
Em resposta, Elon Musk, que recentemente demonstrou uma visão mais conservadora, publicou em suas redes sociais uma imagem gerada por inteligência artificial, onde aparece discursando em um pódio com bandeiras americanas ao fundo. A imagem foi acompanhada pela legenda: “Estou disposto a servir.” Musk, que endossou oficialmente Trump no mês anterior, já havia entrevistado o ex-presidente em sua plataforma de redes sociais, agora conhecida como X (anteriormente Twitter).
Durante a mesma entrevista, Trump discutiu a possibilidade de eliminar o crédito fiscal de 7.500 dólares para a compra de veículos elétricos, embora ainda não tenha decidido sobre o assunto. Ele expressou apoio tanto a carros elétricos quanto a veículos a gasolina e híbridos, destacando que, em sua opinião, “os créditos e incentivos fiscais geralmente não são uma coisa muito boa.”
Trump também mencionou a possibilidade de reverter as regras do Departamento do Tesouro que facilitam o acesso das montadoras ao crédito fiscal. Em sua administração anterior, Trump tentou revogar esse benefício, que foi expandido pelo atual presidente Joe Biden em 2022. Além disso, Trump indicou que poderia impor novas tarifas sobre veículos produzidos no México para desencorajar a exportação desses automóveis para os Estados Unidos, reiterando sua posição de fortalecer a fabricação doméstica.
Trump também criticou duramente a Alphabet, empresa-mãe do Google, comparando-a ao “Velho Oeste”, mas evitou comentar se a empresa deveria ser desmembrada, após um juiz a considerar um monopólio ilegal. Sobre o TikTok, Trump afirmou que, se reeleito, não pretende proibir a plataforma, apesar de uma lei recente que exige que a ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok, se desfaça de seus ativos nos EUA até janeiro de 2025. Ele destacou a complexidade da situação, mencionando questões de liberdade de expressão e a boa relação da plataforma com ele.
Essa série de declarações reflete a postura de Trump em manter uma base conservadora, ao mesmo tempo em que explora possíveis alianças estratégicas para seu possível segundo mandato.