O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta terça-feira, 20 de agosto, um projeto de lei que proíbe a atuação de organizações religiosas vinculadas à Rússia, incluindo a Igreja Ortodoxa Ucraniana associada ao Patriarcado de Moscou. A medida, que recebeu o apoio de 265 deputados, ainda precisa ser sancionada pelo presidente Volodimir Zelensky para entrar em vigor.
A decisão ocorre em meio a um contexto de forte tensão entre a Ucrânia e a Rússia, que se intensificou desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. A proibição tem como objetivo reduzir a influência russa no país, especialmente em instituições que podem ser vistas como alinhadas a interesses de Moscou.
A Igreja Ortodoxa Ucraniana, historicamente ligada ao Patriarcado de Moscou, tem sido alvo de críticas e suspeitas de colaborar com as autoridades russas, o que levou a um crescente movimento dentro da Ucrânia para cortar esses laços religiosos e reforçar a autonomia espiritual e política do país.
Caso o presidente Zelensky sancione a lei, isso marcará uma significativa mudança no panorama religioso e político da Ucrânia, potencialmente exacerbando as tensões com a Rússia e alterando a estrutura das práticas religiosas no país.