Teerão, 5 de agosto de 2024 – O Irão anunciou hoje que possui o “direito legal” de retaliar contra Israel pelo assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, ocorrido em sua capital. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, afirmou durante uma coletiva de imprensa que o país está agindo de acordo com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional para proteger sua segurança nacional e sua soberania.
O Irão, junto com o Hamas e o Hezbollah, acusou Israel de ser responsável pela morte de Haniyeh, que foi fatalmente atingido em Teerão na última quarta-feira. Até o momento, Israel não confirmou oficialmente seu envolvimento no incidente. A morte de Haniyeh ocorreu poucas horas após um ataque israelense que resultou na morte do chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, próximo a Beirute.
Kanani sublinhou que o Irão considera inquestionável seu direito de se defender e retaliar, e que está tomando medidas sérias para garantir sua segurança e criar uma dissuasão contra futuras agressões. Ele também criticou a falta de ação por parte da comunidade internacional e dos governos regionais, sugerindo que uma intervenção mais eficaz poderia ter evitado a escalada atual.
As tensões no Oriente Médio têm aumentado, especialmente após o início da guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza em outubro do ano passado. A recente escalada de hostilidades e as ameaças crescentes por parte do Irão e seus aliados acirram as preocupações sobre um possível aumento no conflito na região.
O porta-voz iraniano insistiu que o Irão não é responsável pela escalada atual e que Israel deve ser responsabilizado por provocar instabilidade e violência na região. A situação continua a ser monitorada de perto, com a comunidade internacional observando os desenvolvimentos e suas possíveis repercussões para a segurança regional e global.
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