O Chega defendeu um plano de desconfinamento a duas fases, mais rápido do que o do Governo, e admitiu voltar a opor-se à renovação do estado de emergência, se este continuar a ser restritivo.
“Como não temos dinheiro para mais [nos apoios à economia], temos que reabrir”, sintetizou o deputado e líder do Chega, André Ventura, no Parlamento, após a reunião, por videoconferência, com especialistas a partir do Infarmed, em Lisboa.
Dado que o país não é rico “como a Alemanha e a França” que “põem dinheiro na economia”, e ao contrário das “cinco fases” que o executivo avançou na reunião para reabrir o país, em confinamento geral desde meados de janeiro, o Chega pretende duas fases, a começar, já em março.
O deputado defende a reabertura “da restauração com condições para venda no exterior, esplanadas, o pequeno comércio com regras, os cabeleireiros, manicures, barbeiros e ainda de serviços públicos em que seja possível cumprir as regras” de distanciamento.
André Ventura baseou-se em “dados interessantes” revelados na reunião de hoje, que apontam para um índice de transmissibilidade mais baixo na Europa, por comparação com outros países da Europa, como Espanha e França, que não estão tão fechados como Portugal.
A manterem-se estas regras, muito restritivas, e sem querer anunciar nada de definitivo para “não dar um cheque em branco” ao Governo, o Chega admite não viabilizar o estado de emergência em debate na quinta-feira, na Assembleia da República.