Um avião da companhia Air India, com 230 passageiros e 12 tripulantes a bordo, despenhou-se esta quinta-feira (12) pouco depois de descolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, com destino a Gatwick, Londres. A tragédia, considerada uma das piores da aviação indiana, causou a morte de mais de 290 pessoas, incluindo vítimas em solo.
O Boeing 787 Dreamliner, modelo que protagoniza agora o seu primeiro grande acidente, caiu numa área residencial de Meghani Nagar, atingindo casas e escritórios. As autoridades confirmam 204 corpos recuperados e 41 pessoas hospitalizadas, sendo uma delas um dos passageiros do voo que sobreviveu e recebe tratamento médico.
A bordo seguiam 169 indianos, 43 britânicos, sete portugueses e um canadiano. De acordo com o secretário de Estado das Comunidades, Emídio Sousa, os portugueses teriam dupla nacionalidade, já que não há nomes lusófonos na lista oficial de embarque. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou “profunda preocupação” com o acidente e transmitiu solidariedade às famílias das vítimas.
Segundo as investigações iniciais, o piloto emitiu um sinal de emergência “mayday” à torre de controlo poucos instantes antes da queda, mas não houve mais comunicações. O piloto tinha mais de 8.000 horas de voo e o copiloto, 1.100.
Equipes de resgate agiram rapidamente, sob ordens do governo de Gujarat, que declarou “estado de guerra” para garantir socorro imediato. A Boeing afirmou estar a acompanhar o caso de perto.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia lamentou o “trágico acidente” e garantiu apoio às famílias das vítimas.