Líderes de quase 30 países e os chefes da NATO e da UE reuniram-se na capital francesa para discutir o reforço da ajuda a Kiev e o envio de tropas europeias para garantir a paz a longo prazo.
Emmanuel Macron anunciou um plano para enviar “forças de tranquilização” de “vários países europeus” com base em “certos locais estratégicos” na Ucrânia, no caso de um tratado de paz com a Rússia.
Essas forças “agirão como um dissuasor contra uma potencial agressão russa”, afirmou ele aos jornalistas durante uma conferência de imprensa após a cimeira de alto risco da “Coligação dos Dispostos” para a Ucrânia, em Paris, na quinta-feira.
No entanto, estas forças de tranquilização “não têm a intenção de ser forças de manutenção da paz”, uma vez que não substituirão as Forças Armadas ucranianas e não estarão posicionadas nas linhas da frente, mas sim em “cidades estratégicas” e bases.
Esta proposta “será trabalhada pelos nossos chefes militares de estado-maior” nas próximas semanas para determinar “o mapa e o formato” destes destacamentos. “Estas forças de tranquilização não irão de forma alguma substituir ou reduzir os nossos esforços no flanco oriental da NATO”, mas “virão como um complemento”, concluiu Macron.
‘Não é uma decisão unânime’
O líder francês disse que nem todos os países na cimeira concordaram com este plano. “Não é unânime”, disse ele, “Mas não precisamos de unanimidade para alcançá-lo.”
A questão do envio de tropas para a Ucrânia tem gerado divisões profundas entre os aliados da UE e da NATO.