As localidades de Lisboa, Oeiras, Loures, Almada, Barreiro, Seixal, Montijo e Benavente serão palco de um vasto programa de renovação territorial que contempla a edificação de 25 mil unidades habitacionais e a criação de duas travessias sobre o Tejo, anunciou o Governo.
A iniciativa, que cobre uma área de 4.500 hectares – dimensão 55 vezes superior à da antiga Expo 98 –, foi apresentada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhado por membros do seu Executivo, perante os autarcas da Área Metropolitana de Lisboa e do município de Benavente.
Denominado “Parque Cidades do Tejo”, o plano tem como meta unificar as zonas ribeirinhas, transformando o rio num fator de coesão territorial, em vez de uma barreira natural.
A proposta assenta em quatro grandes áreas estratégicas:
- Arco Ribeirinho Sul (Almada, Seixal e Barreiro), que prevê a criação de 28 mil novos fogos e a dinamização de 94 mil postos de trabalho;
- Ocean Campus (Oeiras e Lisboa), onde será desenvolvido um polo de investigação e inovação com capacidade para acolher 15 mil trabalhadores, além de um parque urbano e um espaço para eventos de grande escala;
- Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa e Loures), com intervenções no atual terminal aéreo e zonas adjacentes;
- Cidade Aeroportuária (Benavente e Montijo), que incluirá uma nova área dedicada à aviação, bem como infraestruturas para o setor da ciência e indústria náutica.
O projeto, que conjuga habitação, espaços culturais, áreas de lazer e inovação, contempla ainda a construção da Ópera Tejo, um centro de congressos de relevância internacional e diversos polos empresariais.
O Governo destaca que este investimento será um motor de crescimento económico e social para a região, modernizando infraestruturas e reforçando a competitividade das zonas envolvidas.