Na passada segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu com a sua equipa de segurança nacional para discutir preocupações acerca de um possível ataque do Irão a Israel, conforme reportado pela BBC. Esta reunião surge em um momento de tensões crescentes após a morte de Ismail Haniyeh, um dos líderes políticos do Hamas, pela qual o Irão responsabiliza Israel e promete retaliar.
As intenções dos Estados Unidos estão divididas entre apoiar Israel, como enfatizado por Biden, e evitar uma escalada do conflito entre Irão e Israel, conforme salientado pelo secretário de Estado, Antony Blinken. Blinken, citado pela BBC, afirmou que uma escalada “não é do interesse de ninguém” e só resultaria em mais conflitos, violência e insegurança. Ele sugeriu que um cessar-fogo poderia proporcionar uma “calma mais duradoura”.
A preocupação com um possível aumento das hostilidades foi exacerbada pelos comentários do candidato republicano à presidência dos EUA e ex-presidente, Donald Trump. Em uma entrevista ao streamer Adin Ross, Trump afirmou que “ouviu” sobre a possibilidade de um ataque a Israel na segunda-feira, embora não tenha revelado a fonte dessa informação e tenha ressaltado que não se tratava de informações confidenciais. Trump ainda acrescentou que, se ele fosse presidente, “ninguém estaria a falar” sobre um possível ataque do Irão a Israel, pois “simplesmente isso não ia acontecer”.
Este cenário coloca os Estados Unidos em uma posição delicada, equilibrando o apoio a Israel com a necessidade de evitar um conflito maior no Oriente Médio. A reunião de Biden com sua equipa de segurança nacional demonstra a seriedade com que a administração está tratando essas ameaças e a complexidade da situação geopolítica atual.