Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson, personagem envolto em mistério e muita imaginação.
Carroll foi um romancista, poeta, fotógrafo, matemático e, entre outras coisas, reverendo da igreja anglicana.
Contudo, foi o seu livro “Alice no País das Maravilhas” que eternizou o seu nome.Nasceu a 27 de Janeiro de 1832 em Daresbury, Reino Unido e veio a falecer a 14 de Janeiro de 1898.”Alice no País das Maravilhas”, foi um sucesso enorme desde o dia que foi criado, tanto que é republicado desde então e já foi mote de várias peças de teatro, filmes e ensaios.
O aspeto mais íntimo da sua vida sempre foi muito discreto, assim como as suas relações.
Corria o ano de 1855 quando Carroll conheceu a família Liddell quando estes começaram a frequentar a sua igreja. Rapidamente se tornaram muito próximos e foi nesse momento que Carroll conheceu as suas filhas e, em especial, a pequena Alice.
Numa tarde de Julho, corria o ano de 1862, as irmãs Liddell foram passear de barco com Carroll e foi precisamente nessa tarde que a ideia de base para o que se viria a tornar um livro de sucesso tomou forma.
Alice Liddell, na altura com 10 anos de idade, pareceu entusiasmada por partilhar o nome com a personagem principal da história e, mais tarde, pediu um manuscrito para que a conseguisse eternizar.Como referido, Carroll era entusiasta de fotografia embora fosse uma tecnologia relativamente recente à época.
Durante a sua vida tirou cerca de 3000 fotografias. Mais de metade delas eram de crianças e, em algumas dezenas estas apareciam nuas ou semi-nuas.
Talvez esta questão nos cause algum desconforto à luz da nossa sensibilidade atual mas, na época tal ato era mais convencional.
Alice foi a protagonista de alguns destes retratos.A relação de Carroll com a família de Alice parece acabar repentinamente no ano de 1863 sem que o motivo tivesse sido esclarecido. Várias hipóteses foram levantadas entre as quais que existia um interesse romântico de Carroll para Alice.
O tipo de relação que Carroll mantinha com Alice e com outras crianças começou a suscitar outras interpretações no meio académico.
Em 1933, o escritor A. Goldschmidt escreveu um ensaio intitulado “Alice no País das Maravilhas, uma psicanálise”, onde sugeriu que Carroll tinha pensamentos impuros em relação a Alice, existindo uma objeção sexual da menina.
Esta ideia acabou por ser rebatida por outros estudos dizendo que o autor não era psicanalista e estava profundamente influenciado pelas ideias de Freud.
Outros argumentaram que a sociedade atual tem tendência a corromper mesmo as relações mais puras e facilmente tornam algo inocente em algo preverso.