Uma nova investigação associa o burnout a um aumento de até 20% no risco de desenvolver fibrilhação auricular, a arritmia crónica mais frequente.
O burnout é uma perturbação psicológica causada pelo stress excessivo devido a uma sobrecarga ou excesso de trabalho. Trata-se, portanto, de um esgotamento físico e mental decorrente de uma vida profissional desgastante e sobrecarregada, que incapacita o indivíduo de desempenhar tarefas quotidianas tais como trabalhar.
Este contínuo stress pode levar a que uma pessoa fique com intensa fatiga, irritabilidade e até mesmo desmoralizada. O burnout é um problema que se tem tornado numa verdadeira epidemia.
Para além dos já referidos sintomas, há agora uma nova consequência deste problema. Um novo estudo sugere que sofrer de burnout pode aumentar o risco de desenvolver fibrilhação auricular, a arritmia crónica mais frequente, em até 20%.
Nesta situação, explica a CUF, o coração não consegue bombear eficientemente o sangue o que propicia a formação de pequenos coágulos dentro do próprio coração. Esses coágulos podem ser arrastados pela corrente sanguínea e alojar-se em qualquer parte do organismo. Quando atingem as artérias que irrigam o cérebro podem causar um AVC.
O estudo foi publicado, este mês, na revista científica European Journal of Preventive Cardiology e analisou dados de mais de 11 mil pessoas.
“Geralmente, associamos exaustão à saúde mental”, diz o coautor do estudo Parveen Garg. “Se você estiver exausto ou esgotado, poderá desenvolver depressão ou ficar isolado socialmente. Mas acho que este artigo e as nossas outras investigações demonstram que a exaustão também pode afetar a saúde do seu coração“.
O burnout afeta drasticamente a qualidade de vida das pessoas e acarreta consequências danosas à saúde das pessoas, realça o Inverse. “O problema é que não é algo que se reconheça até ser tarde demais“, salientou Garg.