Betelgeuse, a nona estrela mais brilhante do céu, continua a escurecer num fenómeno para o qual os astrónomos não conseguiram ainda encontrar uma explicação científica, revela uma nova investigação.
A estrela, uma super-gigante vermelha pertencente à constelação de Órion, aproxima-se do fim da sua vida, estando destinada a tornar-se numa super-nova. Contudo, o seu fim só deverá acontecer daqui a dezenas de milhares de anos, escreve a Europa Press.
Em outubro, uma equipa de astrónomos da Universidade de Villanova, nos Estados Unidos, relatou, pela primeira vez, o escurecimento de Betelgeuse, localizada a 650 anos-luz.
Agora, a mesma equipa revela numa nova investigação, cujos resultado foram recentemente publicados na revista The Astronomer’s Telegram, que a estrela está a sofrer uma maior atenuação no seu brilho. Embora a estrela continue a “apagar-se”, frisam ainda os astrónomos, a velocidade de escurecimento está agora a diminuir.
Desde setembro de 2019, a temperatura de Betelgeuse reduziu-se em 100 graus Kelvin, sendo a sua luminosidade reduzida em quase 25% no mesmo período de tempo. Segundo números divulgados pelos cientistas, o raio da estrela aumentou cerca de 9%, crescimento este que é esperado à medida que o astro envelhece, observa o portal Universe Today.
Os cientistas não sabem ainda o que é que causa este escurecimento gradual, nem sequer se este está diretamente associado à iminente morte de Betelgeuse. Por estes mesmo motivo, rematam os autores, é “necessário acompanhar de perto o comportamento incomum” desta estrela que acabará a transformar-se numa super-nova.