O presidente da EDP, António Mexia, garantiu que não vai deixar que nenhum acionista impeça o desenvolvimento do plano estratégico da empresa, deixando o aviso à China Three Gorges.
Em entrevista concedida ao Jornal Económico, António Mexia falou sobre a parceria com os chineses da China Three Gorges, dizendo que esta tem de ser vantajosa para os dois lados e que não pode deixar que “um acionista interfira ou impeça o desenvolvimento do plano estratégico” da EDP.
“A parceria com a CTG tem de ser uma parceria, como se costuma dizer, win-win para a CTG e para a EDP. Outra coisa não poderia acontecer”, disse durante a entrevista que fez, esta sexta-feira, capa no JE.
Depois do falhanço da OPA lançada pela China Three Gorges, Mexia diz que a empresa fornecedora de eletricidade quer estar presente em países vantajosos para a EDP. “Qualquer parceria, seja na América Latina ou para qualquer tecnologia, terá de ter em conta os interesse de todos os acionistas da EDP, ponto”, explicou. “E o que nós queremos, e temos neste momento, é estar em sítios onde essa parceria é boa para as duas companhias”.
Além dos chineses, António Mexia fala do interesse de acionistas norte-americanos. O empresário realça que o mercados da energias renováveis nos Estados Unidos tem um “potencial gigante” devido aos recursos eólicos e à forte procura.
Mexia mencionou ainda que eólicas ‘offshore’ no Japão poderão ser o próximo passo da expansão da elétrica portuguesa.