As novas tabelas de retenção na fonte de IRS vão ditar um alívio médio de 2% na carteira dos portugueses, mas nalguns casos, os benefícios podem ser superiores a 10%.
As tabelas de retenção na fonte de IRS para 2021 foram publicadas, na semana passada, em Diário da República.
Como o Governo já tinha anunciado, vão permitir às famílias portuguesas ficar com mais 200 milhões de euros dos seus ordenados, num alívio médio de 2% nas retenções.
Contudo, há contribuintes que podem sair mais beneficiados, com as taxas de retenção na fonte a descerem 4%, 11% e até 33%, conforme as contas feitas pelo Eco.
A publicação dá o exemplo de um contribuinte casado, num agregado com dois titulares e dois dependentes e 700 euros de salário, onde a retenção na fonte vai descer 11,11%.
Já no caso de um contribuinte solteiro, com cinco ou mais dependentes, e um salário de 1.100 euros terá uma redução de 33,33%, enquanto um contribuinte solteiro, sem filhos e com um ordenado de 700 euros, sentirá uma diminuição de 4,76%.
Como atesta o Eco, é nos rendimentos mais baixos, até ao patamar dos 1143 euros, que “a variação da retenção é mais acentuada”.
Novas tabelas do IRS. Salários e pensões até 686 euros isentos (aeiou.pt)
É importante realçar que a diminuição da retenção de IRS não significa que os contribuintes vão pagar menos imposto. Um menor desconto ao longo do ano deverá determinar uma descida nos reembolsos em 2022 ou até aumentar os valores daqueles que costumam pagar IRS.