Até ao final de julho de 2024, 75 pessoas morreram afogadas em Portugal continental, um número que representa o terceiro mais elevado dos últimos cinco anos, segundo dados do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS). Este valor é particularmente preocupante, já que todas as mortes ocorreram em locais não vigiados e não presenciados.
A maioria das vítimas eram homens, com idades entre 20 e 24 anos, e os incidentes ocorreram principalmente no mar (34 casos), seguidos por rios (21) e outros locais como poços, barragens, piscinas, valas, lagos, tanques, fossas, e canais de rega.
Em comparação, no mesmo período do ano passado, foram registadas 71 mortes por afogamento, enquanto em 2022 houve 88, e em 2021, 62. A FEPONS alerta que o afogamento continua a ser um problema de saúde pública significativo em Portugal, conforme reconhecido pela Organização Mundial de Saúde.
A maioria dos incidentes ocorreram durante atividades de lazer, como banhos de mar, pesca, e parapente, bem como devido a quedas acidentais na água. A distribuição geográfica das mortes foi mais significativa nos distritos do Porto e Setúbal, com 17,7% dos casos cada, seguidos por Lisboa (11,3%) e outras regiões.
O Observatório do Afogamento, criado pela FEPONS, mantém um registo contínuo das mortes por afogamento através de relatos enviados por cidadãos, destacando a importância da vigilância e da segurança nas atividades aquáticas.