Em uma declaração feita em 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto atual de Mpox como uma emergência de saúde global, destacando a gravidade da situação. Até o momento, foram registrados mais de 15.600 casos da doença em 2023, resultando em 537 mortes. Os surtos recentes da doença foram detectados em países como Congo, Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda, Paquistão e Suécia. No entanto, a OMS enfatizou que o Mpox, também conhecido como Monkeypox, não deve ser comparado ao Covid-19, pois as autoridades de saúde possuem conhecimento sobre como controlar sua disseminação.
Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, sublinhou que a resposta global ao Mpox nos próximos anos será um “teste crítico” tanto para a Europa quanto para o mundo. De acordo com Kluge, cerca de 100 novos casos da doença estão sendo relatados mensalmente na Europa, o que justifica a necessidade de atenção contínua e ações coordenadas para impedir a propagação da doença.
Embora o mais recente surto tenha se concentrado principalmente no continente africano, a OMS também destacou a importância de medidas preventivas em outras regiões. Em resposta ao aumento dos casos, a China anunciou o reforço das medidas de controle de entrada no país, que deverão vigorar pelos próximos seis meses.
A OMS reforçou a urgência de um financiamento de 15 milhões de dólares para apoiar atividades de vigilância, preparação e resposta ao Mpox. Para agilizar essas iniciativas, a organização liberou 1,45 milhões de euros de seu fundo de contingência de emergência, visando garantir uma resposta rápida e eficaz.
Apesar da gravidade da situação, a OMS mantém uma posição firme de que o Mpox não representa uma ameaça equivalente à do Covid-19. A organização acredita que, com as medidas corretas, é possível controlar o surto e evitar que ele atinja proporções pandêmicas.