Um estudo recente liderado pelo Dr. Fabiano de Agrela Rodrigues, neurocientista do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), revelou novas descobertas sobre o papel da proteína Tau no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. A pesquisa, publicada na revista Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, contou com a colaboração do Dr. Hyung-Woo Oh, professor do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International.
Os pesquisadores descobriram que a hiperfosforilação da proteína Tau, um processo que ocorre naturalmente no desenvolvimento dos neurônios, pode levar à formação de agregados neurofibrilares, emaranhados de proteínas que prejudicam o funcionamento neuronal. Esses agregados, juntamente com as placas amiloides, são características patológicas marcantes da doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.
“Nossos achados sugerem que a hiperfosforilação da proteína Tau desencadeia a formação de agregados neurofibrilares, que interferem no transporte de nutrientes e informações dentro dos neurônios, levando à sua morte”, explica o Dr. Rodrigues. “Essa descoberta abre portas para o desenvolvimento de novas terapias que possam prevenir ou reverter esse processo, oferecendo esperança para milhões de pessoas afetadas por doenças neurodegenerativas.”
O estudo também destaca que a proteína Tau desempenha um papel importante em outras doenças neurodegenerativas, como a demência frontotemporal e a paralisia supranuclear progressiva. A compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na hiperfosforilação da proteína Tau e sua relação com a formação de agregados neurofibrilares é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos eficazes para essas condições.
O Dr. Rodrigues e sua equipe estão otimistas com os resultados do estudo e acreditam que este seja um passo importante na busca por terapias para doenças neurodegenerativas. “Estamos investigando estratégias para inibir a hiperfosforilação da Tau, promover a degradação dos agregados e proteger os neurônios da morte celular”, afirma o pesquisador. “Acreditamos que este seja um avanço significativo no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para essas doenças devastadoras.”