O presidente do PSD, Luís Montenegro, voltou a defender neste sábado (4) a política de imigração adotada pelo Governo, reforçando a importância de estabelecer regras claras para a entrada de imigrantes no país. Segundo ele, o objetivo é garantir que quem entra legalmente em Portugal tenha condições dignas de vida e que a integração seja efetiva.
Montenegro afirmou que foi alvo de críticas e “insultos” quando, ainda durante a campanha eleitoral, alertou para a necessidade de maior controle nas fronteiras. No entanto, considerou que o fim do mecanismo de “manifestação de interesse” foi uma decisão acertada, contribuindo para reduzir o fluxo desordenado de imigrantes.
“A redução do número de solicitações após a suspensão desse modelo foi de 60% a 80%, dependendo do mês. Isso mostra que a medida teve impacto real”, afirmou.
O líder social-democrata também mencionou o reconhecimento “envergonhado” do PS sobre o êxito das políticas atuais, ressaltando que o seu partido sempre teve uma linha coerente sobre o tema, independentemente do momento político.
Montenegro utilizou o Algarve como exemplo de região onde a imigração precisa ser regulada com equilíbrio. Segundo ele, uma porta “escancarada” desestrutura os serviços e prejudica a atratividade da região, mas uma porta “fechada” comprometeria o funcionamento da economia local.
“O Algarve precisa de uma imigração regulada, capaz de integrar trabalhadores estrangeiros que sustentam atividades essenciais. Sem isso, não conseguimos manter uma economia ativa e competitiva”, explicou.
Montenegro criticou o PS e o Chega por votarem juntos contra propostas da coligação de direita, mesmo tendo posições opostas sobre imigração. Ele também destacou que, apesar do apoio eleitoral ao PS e ao Chega nos últimos anos na região, o Algarve teve pouco retorno prático dessas escolhas.
O líder do PSD finalizou apelando ao voto na coligação AD-PSD/CDS nas eleições legislativas marcadas para 18 de maio, afirmando que sua proposta é a única com “visão equilibrada” para o país.