Luís Montenegro foi reconduzido ao cargo de primeiro-ministro de Portugal após a vitória da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025. A coligação, formada por PSD, CDS-PP e PPM, elegeu 86 deputados no continente, além de 3 nos Açores, reforçando a sua posição no Parlamento.
PS sofre queda; CHEGA empata em número de deputados
O Partido Socialista (PS) enfrentou uma forte queda, elegendo 58 deputados, uma redução significativa face aos 77 de 2024. Diante do resultado, o líder Pedro Nuno Santos anunciou sua saída da liderança do partido.
O CHEGA (CH) consolidou-se como a terceira força política, ao conquistar oito novos assentos, empatando com o PS em número de deputados. A contagem dos votos dos emigrantes portugueses, que ainda não foi concluída, poderá alterar a composição final do Parlamento.
Crescimento de IL e Livre; queda à esquerda
À direita, a Iniciativa Liberal (IL) subiu de 8 para 9 deputados, mantendo-se como a quarta força política. O Livre também cresceu, passando de 4 para 6 deputados e assumindo o quinto lugar na Assembleia da República.
Na esquerda tradicional, o cenário foi de perdas: o Bloco de Esquerda (BE) caiu de 5 para 1 deputada — apenas Mariana Mortágua foi reeleita. O PCP perdeu um assento e ficou com 3 deputados. O PAN manteve seu único lugar, com Inês Sousa Real reeleita, apesar da perda de votos.
JPP estreia no Parlamento
Uma das novidades da eleição foi a entrada do Juntos Pelo Povo (JPP) no Parlamento nacional. Filipe Sousa foi eleito deputado com base na votação expressiva na Madeira, onde o partido é a segunda força política regional.
Participação e votos no exterior
Com 5.965.332 votos contabilizados, a taxa de participação foi de 64,38% entre os 9,2 milhões de eleitores registados. A abstenção ficou em 35,62%. Os quatro deputados eleitos por círculos da emigração ainda não foram definidos.