“Deve ser feita uma investigação rápida e se o que veio a público foi verdade”, disse Luís Montenegro, defendendo que a situação é “intolerável”.
Estas declarações foram feitas após vir a público a que existiu acolhimento de refugiados ucranianos por russos alegadamente simpatizantes do regime de Vladimir Putin, considerando que os responsáveis “têm de ser demitidos ou devem demitir-se”, refere.
“Não há perdão se efetivamente se comprovar que houve gente a recolher elementos para o uso no seio do conflito armado. Elementos de pessoas que fugiram da morte porque estes refugiados fugiram da morte, fugiram da fatalidade de serem atingidos por mísseis que são lançados de forma indiscriminada, que deixaram as suas famílias ou parte delas a lutar pelo seu património físico, cultural e, sobretudo, humano”, disse, reforçando que, a comprovar-se, o caminho “é a demissão e a responsabilização total”
Segundo revelou na sexta-feira o jornal Expresso, mais de 160 refugiados ucranianos já terão sido recebidos por Igor Khashin, antigo presidente da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e pela mulher, Yulia Khashin, funcionária do município setubalense.
De acordo com o Jornal Expresso, Igor Khashin, que também lidera da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e a mulher terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados.