O Governo está a preparar uma nova extensão do lay-off simplificado para lá de 31 de julho, avança o Expresso. A previsão do queda do PIB e do desemprego levo o Executivo a preparar-se para o pior.
O Conselho de Ministros deve aprovar na próxima semana as medidas do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), sendo que uma das quais será uma nova extensão do lay-off simplificado para as empresas mais atingidas.
“Achamos que devemos reforçar medidas de apoio às empresas e ao emprego, nomeadamente equacionamos renovar o lay-off simplificado para empresas com quebras significativas de faturação”, disse ao Expresso o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
A ideia é ter o lay-off simplificado para as empresas que tiverem de continuar fechadas, com 66% dos salários auferidos, ter a extensão do lay-off para empresas com descidas acentuadas de faturação e o apoio à retoma para negócios que já apresentaram melhorias, explica a TSF.
Segundo Siza Vieira, para as empresas que tenham quebras entre 40% e 60%, o trabalhador receberá a partir de agosto pelo menos 83% do salário. Se as quebras forem superiores a 60%, o trabalhador receberá pelo menos 77%. Depois de outubro, passam a receber 88% e 92%, respetivamente. Assim, o encargo será menor para a Segurança Social.
“As receitas das empresas continuam em queda e é cada vez mais difícil manter postos de trabalho”, disse ao Expresso o presidente da Confederação do Turismo, Francisco Calheiros.
“O lay-off simplificado acabou por se tornar a mais importante ferramenta de apoio ao emprego e empresas. Por isso defendemos que seja prolongado até ao final do ano“, disse, por sua vez, António Saraiva, presidente da CIP.
Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, disse que “é necessário assegurar a sobrevivência do tecido empresarial, com especial atenção às PME dos sectores mais fortemente atingidos, a maioria das atividades comerciais e de serviços”.