A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o processo de impeachment do presidente Donald Trump nessa quarta-feira (13). O resultado já era aguardado, considerando que a maioria dos parlamentares são do partido democrata. O presidente ainda segue no poder, aguardando a votação no Senado, onde são necessários dois terços dos votos. Mas, como o Senado está em recesso e o fim do mandato de Trump está marcado para o próximo dia 20, não há prazo para resolver esta questão.
Na Câmara, 231 deputados votaram a favor do afastamento, enquanto 197 foram contra. O pedido formal de abertura do processo foi apresentado na última segunda-feira (11) e colocou o presidente pela segunda vez sob o risco de ser removido do cargo.
É a primeira vez na história dos país em que um presidente é submetido a dois processos de impeachment. No primeiro, ele foi condenado na Câmara e absolvido no Senado, que tem a maioria republicana. Mas, após a invasão do Capitólio, na última semana, os senadores republicanos romperam com o presidente.
No processo de afastamento, a bancada democrata acusou Trump formalmente de “incitação à insurreição”, em referência à invasão do Capitólio. No texto, os parlamentares contam que o presidente teria “cometido crimes graves e contravenções ao incitar a violência contra o governo dos Estados Unidos”. Além disso, eles mencionam a 14ª Emenda da constituição do país. O documento impede qualquer pessoa que se envolva em “insurreição ou rebelião” de ocupar um cargo público no país.
O documento também cita uma ligação feita por Donald Trump ao secretário de estado da Geórgia, Brad Raffensperger, na qual pediu que ele “encontrasse” votos suficientes para virar o resultado da eleição no estado.