Quatro ativistas do movimento ambiental Climáximo foram detidos no último sábado (1º de junho) por desobediência, ao tentarem bloquear uma estrada de acesso ao aeroporto de Lisboa, segundo informou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).
De acordo com a PSP, os detidos — duas mulheres e dois homens, com idades entre 20 e 42 anos — bloquearam uma faixa de circulação próximo a uma rotatória junto a um posto de combustível da BP, nas imediações do Aeroporto Humberto Delgado, por volta das 17h20. Eles foram encaminhados à delegacia da PSP dos Olivais para os trâmites legais.
Além das detenções, a PSP informou ter identificado dois homens, de 34 e 40 anos, no interior do Terminal 1 do aeroporto, portando dois crachás suspeitos, possivelmente destinados a perturbar o funcionamento da infraestrutura aeroportuária. Estes materiais foram apreendidos, e todos os casos foram comunicados ao Ministério Público.
Em nota, o movimento Climáximo confirmou as detenções e informou que outros três ativistas foram identificados dentro do aeroporto. O grupo também promoveu uma vigília em frente à delegacia dos Olivais, pedindo a libertação dos colegas detidos.
A manifestação, que reuniu cerca de 50 ativistas, teve início às 15h, com uma concentração na rotatória do Relógio, seguida de uma marcha de aproximadamente 40 minutos em direção ao aeroporto. Durante o percurso, o grupo chegou a sentar-se na estrada por volta das 16h40, mas sem bloquear completamente o acesso ao aeroporto.
O objetivo da ação, segundo os organizadores, era promover interrupções durante os horários de pico dos voos, alertando para a urgência da crise climática. A porta-voz do grupo, Maria Lourenço, reforçou o apelo à participação popular:
“Apelamos a todos que se mostrem solidários, na vigília, e se juntem à resistência climática.”