Na última Assembleia Municipal, os eleitos do PS alegaram que falta informação sobre a situação financeira do município e há muito a fazer pela transparência nas contas.
Na apreciação da informação escrita do presidente da Câmara, “os mapas do activo bruto e da execução orçamental da receita e da despesa são insuficientes”, alegou Joaquim Ferraz, dizendo que sonegar informação à Assembleia não é “aceitável”.
“É necessário e indispensável informar-nos do passivo. Quanto o município deve a curto, médio e longo prazo? Quanto dinheiro dispõe para satisfazer os compromissos assumidos? Qual o prazo médio de pagamentos?”, questionou o socialista.
“Avalio as dificuldades que o senhor sentirá pelo desequilíbrio financeiro que o município de forma viciosa mantém. Esta prática não é benéfica para o concelho, que está manifestamente refém dos credores”, disse Joaquim Ferraz a Antonino de Sousa.
Resposta da Coligação
Em defesa da coligação Penafiel Quer, Carlos Pinto falou de um município cumpridor. Perante o relatório do ROC, o deputado afirmou não perceber como pode ser dito que há “um desequilíbrio financeiro de forma viciosa”. “Não pode só dizer que esta câmara tem as contas desequilibradas, é preciso demonstrá-lo”, criticou, levantando ainda outro tema. “Hoje ninguém quis falar do prazo médio de pagamento. Porque será? Porque de Setembro do ano passado a Junho deste ano houve uma redução para metade do prazo médio de pagamentos e deixou de ser interessante. Penafiel foi o segundo município que mais reduziu o prazo médio de pagamentos nos últimos nove meses”, afirmou, rematando: “as contas estão equilibradas e esta câmara não está refém de ninguém”.