Os planos dos republicanos para avançar com uma ampla reforma tributária alinhada à agenda do ex-presidente Donald Trump estão esbarrando em divisões internas sobre os subsídios à energia verde criados pelo governo Biden. O ponto de tensão é o Inflation Reduction Act (IRA), que prevê créditos fiscais para o setor de energia limpa — e que, segundo parlamentares, pode custar cerca de US$ 1 trilhão ao longo de 10 anos.
Um grupo de 38 deputados republicanos enviou uma carta ao presidente da Comissão de Meios e Recursos da Câmara, Jason Smith (R-MO), pressionando pela revogação total do IRA no próximo pacote orçamentário de reconciliação.
“Estamos profundamente preocupados que o compromisso do presidente Trump com a restauração da dominância energética dos EUA e com o fim do que ele chama de ‘grande farsa verde’ esteja sendo minado por interesses locais e cálculos políticos míopes”, escreveram os congressistas.
Enquanto isso, outros membros do partido defendem a manutenção parcial dos incentivos, alegando que eles impulsionam investimentos e empregos em seus estados. A disputa interna evidencia o desafio do Partido Republicano em alinhar sua política energética à estratégia fiscal de Trump sem abrir mão de benefícios econômicos em regiões-chave.