Um fugitivo italiano acusado de coordenar o envio de grandes carregamentos de cocaína da América Latina para a Europa foi detido na Colômbia.
O chefe da polícia nacional colombiana descreveu Emanuele Gregorini, também conhecido como ‘Dollarino’, como ‘o líder da máfia italiana na América Latina’.
Afirmou que Gregorini foi localizado num apartamento na cidade costeira de Cartagena, numa operação multinacional que incluiu investigadores italianos, britânicos e colombianos.
Estava em fuga desde 2023, quando os procuradores o acusaram de ser uma figura central no ‘sistema da máfia da Lombardia’, que descreveram como uma aliança entre os grupos mafiosos Camorra, Cosa Nostra e ‘Ndrangheta
A polícia acusa Gregorini de ter um papel central na organização de envios de cocaína das cidades portuárias colombianas de Cartagena, Barranquilla e Santa Marta para a Europa.
O chefe da polícia colombiana, Carlos Triana, afirmou que a detenção de Gregorini foi ‘um golpe severo’ contra sindicatos do crime transnacional.
Também o descreveu como um ‘narcotraficante invisível’, que não chamava a atenção para si.
Imagens de vigilância divulgadas pelas autoridades colombianas mostravam-no a frequentar o ginásio e a visitar restaurantes locais no bairro de luxo onde tinha alugado um apartamento, aparentemente sem medo de ser reconhecido.
Os procuradores afirmam que a sua detenção na Colômbia aponta para uma presença crescente da máfia italiana na América Latina.
De acordo com a Insight Crime, um centro de estudos especializado em crime organizado, as redes criminosas europeias têm estabelecido as suas próprias rotas de contrabando de drogas na América do Sul, em vez de dependerem de intermediários.
Grupos da máfia italiana, em particular, expandiram a sua presença na Colômbia e no Brasil nos últimos anos, diz o centro de estudos.