O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, chegou à Rússia enquanto persistem tensões diplomáticas sobre o conflito na Ucrânia. A visita ocorre num momento de incerteza em relação às negociações para um cessar-fogo, apesar dos recentes contactos entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e o Presidente russo, Vladimir Putin.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que facilitou o diálogo entre os dois líderes, expressou frustração no domingo, criticando Putin por questionar a credibilidade de Zelenskyy. “Há um ódio tremendo entre eles”, disse Trump, acrescentando que estava “zangado” e “irritado” com a situação. Apesar de afirmar que está a ser feito progresso, reconheceu tensões crescentes dentro da NATO, incluindo uma disputa comercial entre os EUA e o Canadá.
A China tem mantido oficialmente uma posição de neutralidade em relação à guerra, mas tem prestado apoio diplomático e económico à Rússia desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia, há mais de três anos.
Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Guo Jiakun, reafirmou a posição de Pequim, afirmando que “a relação da China com a Rússia não tem como alvo nenhum terceiro e não deve ser afetada por terceiros.” Sublinhou ainda que “o diálogo e a negociação são a única saída viável para a crise.”
Embora o anúncio da visita de Wang não tenha mencionado diretamente a Ucrânia, destacou os esforços para “aprofundar a coordenação estratégica lado a lado” e “expandir a cooperação prática” com a Rússia, especialmente em assuntos regionais e internacionais.