Dados do Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha revelam que 2,8 milhões de pessoas entre 16 e 78 anos no país nunca acessaram a internet até 2024. Esse grupo, denominado “offliners”, corresponde a 4% da população alemã, com uma distribuição desigual por faixa etária: quanto mais jovens os cidadãos, menor a probabilidade de estarem desconectados.
Em contraste marcante, Holanda e Suécia se destacam como os países com maior penetração digital na Europa. Em ambas as nações, o número de pessoas que nunca utilizaram a internet representa menos de 1% da população, configurando-se como casos exemplares de inclusão digital.
Os números alemães refletem desafios persistentes na democratização do acesso à rede, especialmente entre grupos mais velhos e em regiões com menor infraestrutura tecnológica. Enquanto isso, o desempenho dos países nórdicos e dos Países Baixos demonstra como políticas públicas consistentes de digitalização podem virtualmente eliminar a exclusão digital entre a população em idade ativa.
O relatório destaca a correlação entre idade e desconexão: entre os jovens alemães de 16 a 24 anos, apenas 0,5% nunca acessaram a internet, porcentagem que sobe para 12% entre os cidadãos de 65 a 74 anos. Essa disparidade geracional aponta para a necessidade de iniciativas específicas para incluir populações mais velhas no mundo digital.
Enquanto a Alemanha busca reduzir sua parcela de “offliners”, o exemplo holandês e sueco mostra que é possível alcançar níveis quase universais de conectividade, com impactos positivos na educação, emprego e acesso a serviços públicos.