O governo do Brasil ainda não tem uma data exta para iniciar a imunização dos grupos prioritários contra o Covid-19. O país reitra mais de 1000 mortes por dia, e enquanto a doença avança, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, está para liberar nos próximos dias, o uso emergencial de duas vacinas.
Uma é da Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. E a outra a vacina CoronaVac do laboratório chinês Sinovac, imunizante que registou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil. A informação é do Instituto Butantan.
O índice de eficácia global aponta a capacidade da vacina de proteger em todos os casos, ou seja, infetados com sintomas leves, moderados ou graves.
A eficácia do imunizante chinês está dentro da taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador de medicamentos do Brasil, que é de 50%.
Os dados foram anunciados pelo Instituto Butantan, órgão de investigação ligado ao governo regional do estado brasileiro de São Paulo, que comandou a pesquisa e os testes do imunizante no Brasil.
O instituto também deverá fabricar o medicamento quando for aprovado pelas autoridades sanitárias do país.
Segundo o Butantan, os resultados foram submetidos a um comité internacional independente na Áustria. A pesquisa envolveu 16 centros de pesquisa científica no país. O teste duplo cego, com aplicação da vacina em 50% dos voluntários e de placebo nos demais, envolveu 12,5 mil profissionais de saúde.
De uma amostragem de 9,2 mil participantes, 85 dos casos muito leves foram de pessoas que receberam vacina, e 167 em voluntários que tomaram placebo.
Já o resultado de eficácia dos casos leves, classificado como ‘score’ 3, em pacientes que precisaram receber alguma assistência, foi de 77,96%, sendo que sete pessoas haviam recebido a vacina, e outras 31 o placebo.
Para os casos moderados e graves que necessitaram de hospitalização, a eficácia foi de 100%. Nenhum paciente infetado que recebeu a vacina do Butantan precisou de internamento. Entre os que tomaram placebo, houve sete pacientes que precisaram de ser internados.
Todo os voluntários eram profissionais de saúde, com risco muito alto e contínuo de exposição ao novo coronavírus.
Na sema que passou o Instituto Butantan anunciou que nos testes feitos no país, o imunizante atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos graves e moderados, ou seja, a vacina protegeu contra mortes e complicações mais severas da doença.
Neste caso, a eficácia de 78% demonstra o quanto a vacina é capaz de prevenir casos em que é confirmada a infeção pelo novo coronavírus, ou seja, quando infetados apresentam sintomas com a necessidade de intervenção médica.