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Objetos voadores não identificados (OVNIs) capturaram a atenção do público ao longo das décadas. Uma teoria defende que os pilotos dos OVNIs podem ser os descendentes dos humanos que viajam para o passado para estudar a sua própria evolução.
Esta ideia já tinha sido avançada antes. Porém, um novo livro, chamado “Identified Flying Objects: A Multidisciplinary Scientific Approach to the UFO Phenomenon”, lança um novo olhar sobre essa perspetiva.
O livro foi escrito por Michael Masters, professor de antropologia biológica na Universidade Tecnológica de Montana, nos Estados Unidos. Masters acha que, dado o ritmo acelerado das mudanças na ciência, tecnologia e engenharia, é provável que os humanos de um futuro distante possam desenvolver o conhecimento e as máquinas necessárias para regressar ao passado.
O objetivo do livro é estimular uma discussão nova e mais informada entre crentes e céticos. “Adotei uma abordagem multidisciplinar para tentar entender as esquisitices desse fenómeno”, disse Masters, citado pelo LiveScience. “O nosso trabalho como cientistas é fazer grandes perguntas e tentar encontrar respostas para perguntas desconhecidas. Há algo a acontecer aqui e deveríamos estar a conversar sobre isso. Devemos estar na vanguarda da tentativa de descobrir o que é isto.”
Apelidando os visitantes de “extratempestriais”, Masters observa que os relatos de encontros próximos geralmente descrevem os inquilinos de OVNIs como seres bípedes, sem pêlos e parecidos com seres humanos, com cérebros grandes, olhos grandes, narizes e bocas pequenas. Além disso, as criaturas têm a capacidade de comunicar connosco na nossa língua e possuem tecnologia avançada.
Masters acredita que, através de uma análise abrangente de padrões consistentes de mudanças bioculturais de longo prazo ao longo da evolução humana – bem como avanços recentes na nossa compreensão do tempo e da viagem no tempo – podemos começar a considerar essa possibilidade no contexto de um fenómeno atualmente inexplicável.
“Sabemos que estamos aqui. Sabemos que os seres humanos existem. Sabemos que tivemos uma longa história evolutiva neste planeta. Sabemos que a nossa tecnologia será mais avançada no futuro. Acho a explicação mais simples, inata, é que somos nós“, disse Masters.
O investigador defende ainda que estas viagens ao passado poderão ser uma espécie de turismo arqueológico. “Os supostos relatos de sequestro são principalmente de natureza científica. Provavelmente são futuros antropólogos, historiadores, linguistas que estão a voltar”, afirmou Masters.
“Acho que algum componente também é turismo“, acrescentou. “Sem dúvida, no futuro, existirão aqueles que pagarão muito dinheiro para ter a oportunidade de voltar e observar o seu período favorito na história”.
Por outro lado, nem toda a gente concorda com esta ideia. “Não há nada neste livro para levar a sério, pois depende da crença de que viagem no tempo não é apenas possível, mas real”, disse Robert Sheaffer, um cético na matéria. “De acordo com Masters, se apenas girarmos algo suficientemente rápido, começamos a distorcer o espaço e até enviamos coisas para trás no tempo. Essa é uma afirmação altamente duvidosa”, disse.
Além disso, Sheaffer disse que Masters tenta deduzir a história evolutiva dos alienígenas a partir de descrições das testemunhas, “sugerindo que leva esses relatos muito literalmente”.