Há a possibilidade, ainda que pequena, de que Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, possa abrigar vida, concluiu uma nova investigação.
“É possível que, enquanto houver água, as temperaturas [no planeta] sejam apropriadas para a sobrevivência e, possivelmente, para a origem da vida”, disse ao jornal norte-americano New York Times Jeffrey Kargel, co-autor do novo estudo.
De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram recentemente publicados na revista científica Scientific Reports, a superfície caótica de Mercúrio não é fruto de uma série de terramotos, tal como sustenta a teoria comummente aceite.
Em vez disso, explica o portal Futurism, os cientistas argumentam neste estudo que as aberturas da superfície do planeta são causadas por voláteis – elementos que podem mudar rapidamente de um estado para o outro, como quando um líquido se transforma num gás – que borbulham sob Mercúrio.
Tendo em conta a proximidade de Mercúrio ao Sol, a hipótese deste planeta abrigar vida é remota. Ainda assim, os cientistas têm esperanças.
“Pensei que, em algum momento, Alexis [Rodriguez] tivesse perdido [o sentido das suas ideias]”, disse Kargel ao mesmo jornal. “Mas, quanto mais investigava as evidências geológicas e mais pensava sobre as condições químicas e físicas do planeta, mais me apercebi que essa ideia – bem, pode ser de loucos, não não completamente de loucos“.